terça-feira, 9 de março de 2010

Amor eterno existe?


Em algumas das várias conversas que tive com meus alunos, surgiu um questionamento interessante: O amor eterno existe? Bom, acho que além de ser uma questão bastante complexa, principalmente nos dias atuais, onde os relacionamentos fugazes e ao mesmo tempo intensos imperam faz com que a maioria das pessoas concordem que o verbo amar só existe nos dicionários de conjugação verbal e nos livros de José de Alencar....
Mas, se tirarmos o amor da humanidade o que nos sobra? Numa sociedade onde o ter e não o se mostra, na qual vale mais um amor de carnaval, um amor que é quantidade e não qualidade? Já bem disse o Padre Antônio Vieira em um dos seus famosos sermões que atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! Será que o tempo é um dos grandes vilões da extinção do amor? Será que amar significa suprir tão somente um prazer passageiro e um beijo sonhado? O amor tornou-se banal ou a sociedade esconde-se atrás de estigmas e falsas palavras por medo? Medo de não ser amado, medo de ser traído, medo de ter medo.
Na verdade, o amor existe sim, seja na busca por um sonho, no encontro que não foi marcado, no acaso escolhido. O tempo é como o vento para a fogueira. Se o fogo for fraquinho e tênue o vento acabará apagando essa chama pequenina, mas se o labareda do amor for forte e verdadeira ela só aumentará frente aos ventos do infortúnio e do tempo.

Um comentário:

Sabatina disse...

Belo questionamento, embora seja retórico, seu texto apresenta curiosamente, caramiga, uma escolha de palavras que nos faz enxergar um sentimento oculto nas enrelinhas do discurso!



Abraços e felicitações!