
Vejo uma face no espelho
Que deveras não me pertence.
Busco olhares, expressões e bocas;
Procuro pares de palavras soltas.
A-M-OR
E-S-P-A-Ç-O
A-M-P-L-I-A-Ç-Ã-O
Eis que encontro algumas partes
Que fazem parte das minhas PARTES.
Encontro uma criatura solitária,
Vejo uma mulher que não se encara.
Deparo-me também com uma velha SENHORA
Com olhos pintados de dores marcadas.
Por fim, entendo
Que meu reflexo é complexo
E que sou de todas UMA dessas criaturas
Que buscam seu EU no outro lado do ESPELHO.
Jamilly Barros de Freitas
2 comentários:
Achei intrigante e que denota confusão de um modo bem singelo e real.
Um texto que mostra realmente o líquido das almas num espelho...
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